Na passada Sexta-feira, 22 de Abril, na última página, o Jornal Expresso trazia esta pequena notícia:
Isto vem na sequência de vários episódios que começaram há algum tempo. Agora já temos acesso a muito do material recolhido pelo jornalista Carlos Tomás.
Já aqui publiquei a entrevista de Ilídio Marques ao Expresso e as reacções que provocou na Felícia Cabrita e no Correio da Manhã.
Sobre o pagamento ou não por Carlos Tomás a Ilídio Marques, em que nunca acreditei já aqui escrevi e repito:
"Ainda assim é legitimo questionar:
1- Se Ilídio Marques foi pago ou não?
2- Se foi pago, foi para dar uma entrevista, para mentir ou para dizer a verdade?
3- Se não foi pago, porque é que alguns jornalistas insistem em escrever que foi?
4- Se foi pago, terá também sido pago nas entrevistas que deu anteriormente?
5- Se foi pago isso retira-lhe credibilidade?
6- Se lhe retira credibilidade então Ilídio Marques não será credível?
7- Se não é credível agora, era-o quando depôs na PJ e/ou em Tribunal?
8- Se foi pago para dizer a verdade e a disse, a verdade deixa de ser verdade?
9- Ouvindo e vendo o vídeo do Expresso [ver aqui na página seguinte] que significado tem o sorriso e a recusa em responder às perguntas: se houve pressões externas para acusar e que lhe disse Catalina Pestana nas conversas que teve com ele?"
Passado todo este tempo, Carlos Tomás, impedido de ir às televisões e perante a passividade destas, colocou no YouTube a versão integral (cerca de 50' em 4 partes) da entrevista que Ilídio deu e de que apenas foram reproduzidos 10 minutos no site do Expresso. Ela aqui fica.
Inacreditavelmente, a história não ficou por aqui.
Segundo o próprio Ilídio Marques, foi "raptado" juntamente com sua companheira e levado a casa de Catalina Pestana onde se encontrava Dias André e Olga Miralto. Os "raptores" seriam dois agentes da PJ:
1 -Seriam mesmo agentes da PJ? Não valerá a pena investigar?
2 - Até esta data varias vitimas se queixaram de assédio ou de tentativas de pressão sem nunca concretizar quem, como, quando e onde. Foram credíveis para grande parte da comunicação social. Agora identificam-se os prevaricadores, o local, quando e como e ninguém investiga?
3 -A serem elementos da PJ poderão eles levar um cidadão a casa de outro cidadão assim sem mais nem menos?
4 - Dias André está reformado mas sempre vai mandando palpites via comunicação social. Irá ele agora pronunciar-se?
5- Depois de uma campanha de revolta a afirmar que Carlos Tomás deu dinheiro a Ilídio Marques porquê Catalina oferecer mais para Ilídio desmentir a entrevista?
7-Se Ilídio agora não é credível, porquê tanto medo do que ele disse em entrevista? E foi credível no Tribunal? E as contradições entre o que disse no Inquérito (que não foi permitido ler no Julgamento) e o que disse no Tribunal?
Não me parece que alguém se venda quando se fala na identificação de arguidos num crime tão hediondo como o que se debate neste processo... mas se assim fosse então porque não se vendeu Ilidio Marques pela quantia oferecida por Catalina?
O certo é que, depois desse "sequestro", Ilídio Marques procurou Carlos Tomás e contou para o gravador o que se passou nomeadamente que esteve a ser massacrado durante horas à boa maneira dos interrogatórios deste Processo. E o Expresso escreve que "não conseguiu contactar nenhum dos intervenientes da história."
Nesse mesmo dia, quatro homens terão ido procurar também Carlos Silvino.
Então, voltemos ao fundo da questão:
Eu sei que Ilídio Marques e Carlos Silvino estão agora a dizer a verdade pela simples razão de que nunca abusei de ninguém. Sei-o eu e todas as vítimas que me acusam também o sabem.
Eu sei que os autores desta mentira têm razão para estarem preocupados. Eles sabem que crime cometeram e as suas reputações dependem da sua não descoberta. Por isso têm o terror de mais alguém falar.
Para já até conseguiram segurança PSP para um rapaz que é segurança (ilegal) num edifício de serviços públicos (segundo Carlos Tomás).
Francisco Guerra assaltou uma loja do chinês com arma em riste entre outros crimes e nada lhe acontece. Até quando?