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COMUNICADO

22 Setembro 2010

Parece termos voltado a 2003 e às manchetes do Correio da Manhã. Preparemo-nos para continuar a assistir a notícias que só visam a desinformação para esconder a única verdade que interessa: estou inocente e fui condenado sem provas. Isso já é público de acordo com o próprio Acórdão.

Não me esqueço que Octávio Lopes declarou à Drª Catalina Pestana que o papel do jornalista também é MANIPULAR. (afirmação que se encontra gravada).

Toda a minha vida financeira foi analisada em tribunal e respondi a todas as perguntas do Dr. Pinto Pereira que durante um dia inteiro me fez perguntas estranhamente permitidas pelo Tribunal já que esse não é o objecto do Processo. Mas ainda bem porque assim ficou tudo registado.

Antes do Processo a minha contabilidade teve quatro inspecções da Finanças. Paguei os meus impostos. Já depois de sair da prisão, portanto muito depois do Processo, e penso que já o Julgamento decorria, tive outra inspecção das Finanças.

Numa das minhas últimas audições em julgamento, já o Dr. Pinto Pereira não era advogado da Casa Pia, perguntei em Tribunal se o Dr. Miguel Matias queria que eu esclarecesse alguma coisa que tivesse ainda em dúvida. A resposta foi negativa.

A tentativa de envolvimento da minha sogra, sem ler o que se passou em Tribunal, onde esteve a jornalista do Correio da Manhã, é das coisas mais tendenciosas e cruéis a que assisti neste Processo todo. Ataquem-me como quiserem... mas deixem a minha família em Paz! Ou a minha resistência incomoda? Quem? Os jornalistas? Ou as suas fontes "junto da investigação"?

E a explicação é básica: estando preso, pedi que o cheque da SIC fosse depositado numa conta da minha sogra, que não tinha saldo. A partir daí, todos os pagamentos da empresa Marajó foram feitos com cheques dessa conta e está tudo na contabilidade da empresa como uma outra inspecção já depois de 2004 confirmou. O objectivo era poder pagar as dívidas da Marajó e, estando eu preso, esse foi o processo utilizado. Está tudo provado. A não ser assim, e se os documentos estão no Processo, porque é que não tive nem tenho nenhuma acção contra mim ou contra uma empresa minha? Há empresas que não têm movimentos bancários porque nunca tiveram empregados nem actividade. Ou deixaram de a ter ou faliram. Aliás, a minha dívida à Banca como fiador tem-me trazido bastantes problemas tendo mesmo um terreno penhorado.

Os pagamentos a estrangeiros eram de dívidas que havia (e ainda há) de direitos de formatos de programas que produzi em Portugal. Há empresas de que era sócio (inexistentes actualmente) mas onde a gerência não era minha. E para pagar essas dívidas à medida que ia tendo receitas, abdiquei de receber cachets de programas que apresentei e eu próprio sou credor de milhares de Euros que nunca receberei por falência técnica da CCA: preferi ir pagando dívidas, salários e subsídios de férias e Natal (mesmo a 70 funcionários de durante ano e meio estiveram sem trabalhar por falta de encomendas. O que fazem as empresas que não têm trabalho? Temos assistido à sua actuação: despedimentos colectivos.

O Carlos Mota fez depósitos? Pois fez. Quando dava apoio ao escritório. Como a minha secretária e um outro funcionário (o sr António Caetano) também fizeram. Alguém tinha que ir ao Banco. Ou não?

E antes que falem da casa onde vivo, e também o disse em Tribunal, esclareço que está hipotecada.

A única verdade é que as circunstâncias do processo me levaram a ter de vender a quase totalidade do meu património e que hoje praticamente vivo da minha reforma.

Sempre estive ao dispor das autoridades para todos os efeitos e continuo a estar.

Não há nada no património que tive ou tenho que esteja a ser investigado.

Não tentem camuflar a verdade com puras manobras de diversão para desculpar o monstruoso erro judicial de que fui vítima.

 

PS- Já tinha este comunicado escrito quando mais uma vez, ontem dia 21, vi a minha fotografia na primeira página do Correio da Manhã a propósito de Elvas.

Acerca do que diz o Acórdão afirmando que  JPL reconhece a despensa da casa de Elvas antes de aberta a porta. No site (secção ÚLTIMAS- ponto 16) está a prova de que não é verdade e que ele só o faz depois da Juíza abrir a porta. Mas há mais situações idênticas. Estou a preparar mais um vídeo que prova isso e prova mais.

Quanto a LD que o Correio da Manhã trata por "Diogo" (que não falou em mim à Juíza de Instrução e pelo qual fui condenado em Elvas) vejamos o que ele disse em Tribunal acerca do "conhecimento" que tinha da casa:

 

29-11-05

Juíza Presidente - Em Elvas onde foi? Em que sítio é que se lembra de ter ido?

LD - Uma uma vivenda, aquilo parecia uma vivenda

Juíza Presidente - Lembra-se como é que era essa vivenda?

LD - Lembro-me da fachada só

05-11-30

Juíza Presidente - O senhor alguma vez fez algum desenho da casa de Elvas?

LD - Não.

Juíza Presidente - E porquê?

LD - Porque... primeiro, porque não, não me lembrava da, do interior dessa casa. E... e só consigo... como é que eu hei-de explicar? Só desenho aquilo que me chama mais a atenção. E se me pedissem para desenhar a casa de Elvas, a única coisa que eu desenhava era a fachada.

Juíza Presidente - E da fa, mesmo da fachada, alguma vez fez algum desenho dessa fachada?

LD - Não, nunca.

Ora todos já aprendemos que a memória espacial é a mais importante e que um abusado não se esquece de alguns pormenores dos espaços. Isso é reconhecido pela psicologia forense em todo o mundo!

E pergunto: porque é que o Tribunal não levou LD a Elvas juntamente com Francisco Guerra e JPL para reconhecer a casa por dentro?

Resta-me ficar na expectativa de novas notícias do Correio da Manhã.

Carlos Cruz

 

PS - Veja as actualizações de hoje. O site não morreu. Vai ser um processo bastante dinâmico. Basta consultar as actualizações que vou publicando na secção ÚLTIMAS.