Portas do 2º Andar
(à direita a porta que só é diferente depois de Outubro de 2001)
   Porta das traseiras
(Fechada a cadeado)

Há duas portas  neste edifício das Forças Armadas que  têm uma importância fundamental para qualquer analista ou julgador isento. Em relação à porta já referida, recordo que se trata de uma porta do 2º andar do apartamento ao lado do da enfermeira. E é neste, da enfermeira, que querem que eu tenha cometido os "crimes".

Quando FG (o braço direito de Carlos Silvino) se deslocou ao prédio com a PJ para identificar o "local do crime" é evidente que ele não tinha a mínima ideia do local que ia identificar. Pela simples razão de que ele não conhecia o prédio, nunca lá tinha estado.

Pelo perfil de FG, pelos seus depoimentos e por conclusão do próprio coordenador da equipa das segundas perícias (Dr. Nivaldo Marins) quando o Dr. Sá Fernandes lhe deu informação que lhe tinha sido sonegada para as perícias, este jovem é um mitómano. Os seus 17 depoimentos à PJ, que o Ministério Público não deixou que fossem lidos em julgamento, são um delírio completo com mentira atrás de mentira, com personagens inventados, com referências a colegas que negam alguma vez ter ido a Elvas com ele ou sem ele, etc, etc. Tal como foi dizendo em Tribunal.

Ao subir as escadas com a PJ, FG identificou o segundo andar porque nele havia "uma porta mais clara, ao lado do apartamento da enfermeira, da qual ele se lembrava muito bem". O que de facto é verdade: a porta ao lado é mais clara porque o dono desse apartamento (um ex-colega meu da RTP) fez obras e, na altura, mudou a porta. A PJ quis acreditar que esse argumento era "definitivo". Engano. Não investigaram, mais uma vez! E a verdade é que essa porta só é diferente desde Outubro de 2001 o que ficou provado em julgamento através de documentos apresentados em Tribunal (o empréstimo ao Banco para as obras e documentos do próprio empreiteiro). Ora, se os crimes se passaram entre Dezembro de 99 e Março de 2000, as portas tinham que ser iguais, isto é, as originais. Fica a dúvida que andar é que FG indicaria se não tivesse encontrado aquela porta.

Aliás, LM ( a "vítima" dos meus crimes) no INML indica o 3º andar e não o 2º., acrescentando um pormenor:  diz que subiu de elevador descrevendo este como sendo igual ao do próprio INML. Mas depois, noutros depoimentos, diz que foi sempre pelas escadas. Este detalhe poderia logo pôr em dúvida as suas declarações se a psicóloga tivesse tido o acesso, que lhe foi negado, aos depoimentos em fase de inquérito como mandam as regras da psicologia forense em todo o mundo!

E a porta das traseiras? Este é um pormenor de relevância fundamental para demonstrar a mentira ou fabulação destes rapazes.

1-     O edifício da Av das Forças Armadas que está em causa e a respectiva porta das traseiras são visíveis da casa de Carlos Silvino onde FG afirma que se deslocou duas vezes (acreditamos que tenham sido mais). À falta de local... estava encontrado um!

2-     A investigação não se preocupou em investigar ou pelo menos questionar. E o que fez? Acreditando na palavra de FG (como convinha) fotografou a porta, durante o dia, "identificada sem margem para dúvidas" por FG e incluiu a foto no processo. A fotografia é clara: a porta está fechada e trancada por cadeado. Porque é que a PJ não ouviu ninguém desse escritório para confirmar o estado da porta no dia a dia apesar de a ter encontrado trancada a cadeado?

3-     Como todos os intervenientes (Carlos Silvino incluído) dizem que entravam pela porta das traseiras, como é que ninguém se preocupou em investigar? Foi a minha defesa quem teve que o fazer!

Em julgamento:

Procurador - Relativamente às Forças Armadas,  à casa das Av das Forças Armadas, srª drª... o assistente, eu creio ter-lhe sido perguntado, o tribunal naturalmente confirmará, ter-lhe-á sido perguntado por onde é que saiu das duas vez que refere lá ter estado. E   o assistente deu as respostas que deu. O que eu permitia sugerir é que o tribunal perguntasse é que se se recorda  por onde é que entrou. 

Juíza - Pode responder

LM - Das duas vezes entrámos por uma porta nas traseiras