Reconhecimentos > Silvino e Guerra desmentem Acórdão

O Tribunal condena-me por 2 crimes  que não cometi, no nº 111 da Av das Forças Armadas.

Diz o Acórdão:

106. Em Dezembro de 1999 ou Janeiro de 2000, em dia em concreto não determinado, o arguido Carlos Silvino da Silva, por contacto não concretamente apurado, levou a uma residência sita na Avenida das Forças Armadas, numa fracção do prédio correspondente ao Lote 3, nº. 111, em Lisboa, dois menores da CPL, onde se encontrava o arguido Carlos Pereira Cruz, a fim de este os sujeitar à prática de actos sexuais consigo.

106.1. O arguido Carlos Silvino, no dia em causa, falou com o JPL e levou-o, bem como o assistente LM

106.2. LM  à data com 13 anos de idade, foi então levado nesse dia à noite,

juntamente com o menor JPL, pelo arguido Carlos Silvino, à residência referida, utilizando um veículo

106.12. Decorridos cerca de um ou dois meses, o arguido Carlos Silvino, por contacto não concretamente apurado, voltou a levar novamente ao arguido Carlos Pereira Cruz e à morada mencionada, um menor da CPL, a fim de o arguido Carlos Cruz o sujeitar à prática de actos sexuais.

106.13. Na sequência desse pedido, o arguido Carlos Silvino contactou outra vez o menor LM, ainda com 13 anos de idade, que novamente levou à mesma casa.

106.19. O arguido Carlos Cruz admitiu que o menor que sujeitou à prática dos actos sexuais descritos tinha idade inferior a 14 anos.

 

Tudo isto é FALSO!

 Mas vale a pena sublinhar:

1- Como é que num julgamento destes com tanta "ressonância da verdade" não houve ninguém que esclarecesse os juízes como é que foi contactado o Carlos Silvino e os assistentes? Nem eles o revelaram?

2- Mas o Tribunal deu  como provado uma coisa notável: os rapazes foram... num veículo: carro, mota, bicicleta, táxi, barco, helicóptero? A pé é que não foram! Pois é: é que cada um tem uma versão diferente mas aí a verdade não ressoou!

3- Dia indeterminado (sem pelo menos informar se foi ao fim de semana ou durante a semana) de um de dois meses (Dezembro ou Janeiro) de um de dois anos (1999 ou 2000)!!!

4- É falso que eu alguma vez tenha admitido saber a idade fosse de quem fosse. Dizem-me que é uma tecnicidade jurídica. Mas é falso. Não há uma única pergunta que me tenha sido feita sobre o tema nem nenhuma resposta minha ou mesmo qualquer alusão, em todo o processo. Como é que eu sabia a idade de pessoas que nunca tinha visto?

O Tribunal chega como à conclusão de que eu admiti a idade de LM.? Leia este naco do texto do Acórdão: "Foi visível para o Tribunal, quando ouviu o assistente perante si, que este tinha uma estatura pequena e já tinham decorridos cerca de cinco anos sobre os factos. Não é um jovem com barba "cerrada", ou expressão pesada, aparentando menos idade do que aquela que tinha quando esteve perante o tribunal. Daí que, necessariamente, em 1999/2000 o arguido teve de equacionar a possibilidade de LM ter menos de 14 anos." (sic)

Logo: quem não tem barba cerrada tem menos de 14 anos segundos os juízes! Não há homens sem "barba cerrada"- A partir de que idade é se tem barba cerrada? Ou barba?

E o que é estatura pequena? Reparei que, no Tribunal, ele  seria mais alto do que eu. Qual é a altura de um menor de 14 anos?

É evidente que só sublinho estes pormenores para que se pereceba o funcionamento mental do Tribunal para condenar cidadãos. Porque, para mim, é irrelevante a barba e a estatura porque não conheço o rapaz de parte nenhuma e a verdade, portanto, é que NÃO ADMITI coisa nenhuma. É uma afirmação que não corresponde à verdade e de que certa Comunicação Social gosta muito.

5- Mais, a dona do apartamento em questão sempre negou qualquer envolvimento e/ou conhecimento de que algo de estranho se passasse no seu próprio apartamento até à altura da sua morte, os seus vizinhos e habitantes do prédio negam lá me ter visto ou sequer lá ter visto algum jovem ou o Carlos Silvino e eu nego também - como é que um tribunal dá estes factos como provados?

6- Carlos Silvino e Francisco Guerra falam de holofotes, e barulho de máquinas e pessoas mas nenhum dos habitantes do prédio refere ter ouvido barulhos suspeitos ou movimentação deste tipo de material nem para este nem para outros apartamentos do prédio... não só os factos não são corroborados por ninguém como são contraditórios entre si - como é que é possível falar-se em ressonância da verdade?

7-  O Tribunal apoia o seu Acórdão no facto de Carlos Silvino corroborar as versões cheias de "ressonância da verdade". LM de facto diz que foi as duas vezes depois de jantar. Francisco Guerra diz que foi ao fim da tarde. Que dirá Carlos Silvino que tanto corrobora os depoimentos que são diferentes um do outro?  segundo o Tribunal?


Em relação à altura do dia (audiências de julgamento):

Juíza Presidente - De todas as vezes, eu pergunto-lhe, de todas as vezes que o senhor diz ter ido à casa das Forças Armadas, se pode esclarecer o Tribunal que horas do dia, ou parte do dia era?  

Francisco Guerra - Srª Drª, em concreto, não consigo responder. Mas, maior parte das vezes, maior parte das vezes, a noção que eu tinha é que seria, mais ou menos, ao fim da tarde, era a, é a noção que eu tenho, mais ou menos.  

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Juíza Presidente - Em que altura do dia é que isto foi?  

LM - Após o jantar, de noite  

Juíza Presidente - E o que é que aconteceu então?  

LM - Dirigimo-nos ás Forças Armadas à Av.  

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Juiz Presidente  - Recorda-se se foi de manhã, se foi de tarde?  

Carlos Silvino da Silva - Foi de manhã, que eu deixei-os lá, esperei-os lá e depois vieram almoçar e depois eu vim-me embora, e deixei-os a almoçar.  

Juiz Presidente - De manhã a que horas mais ou menos?  

Carlos Silvino da Silva - De manhã, por volta das 9:30 (nove e meia), quando ... quando cheguei lá eram 10:00 (dez) e 10:00 (dez) mais ou menos.  

Juiz Presidente - Como? Desculpe, não percebi.  

Carlos Silvino da Silva - Cheguei ao ... lá ao coiso, à Avenida das Forças Armadas às 10:30 (dez e meia) ... às 10:30 (dez e meia) sim, cheguei lá às 10:30 (dez e meia).  

Carlos Silvino, portanto NÃO CORROBORA!

E na visita ao local?

 

-Largou os rapazes lá ao pé da zebra e seguiu viagem com os alunos da luta greco-romana. Ninguém, da investigação ouviu um destes atletas, nenhum foi identificado, pelo menos um!! Quantos eram? Não enchiam a carrinha? E confirmam a história? Nada!

Mas Carlos Silvino diz que ficou no Barreiro até cerca das 9 da noite. Logo, deixou os rapazes ou de manhã ou de tarde. À noite não foi.

 

-Aqui foi às 8 e meia da manhã de um domingo...

 

-Esperou até às 10. Não referiu que parte do dia mas veja o vídeo a seguir

 

-Ah! Um quarto para as onze da manhã. Por analogia, as 10 do vídeo anterior também devem ser de manhã.

 

Que concluiu o Tribunal? - Foi de noite!

E assim, o Tribunal baseia a minha condenação no facto de Carlos Silvino (que diz que foi sempre de manhã) corroborar os depoimentos dos rapazes.

 

Como era feito o agendamento, quem combinava e quem marcava os ditos encontros?


Juíza Presidente - E de alguma vez que tenha ido com o senhor Carlos Silvino, lembra-se de previamente ele ter combinado alguma coisa consigo dizendo "amanhã vamos a esta casa" ou... em relação às Forças Armadas, "à tal casa em Lisboa, ao pé do Hospital de Santa Maria"?  

Francisco Guerra - Não Srª Drª. Normalmente nunca, o Silvino nunca combinava as coisas um dia antes, ou dois dias antes. Não havia... normalmente era sempre no próprio dia.  

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LM - Como eu já referi há uns dias atrás, o JP e eu e quase todos do lar, à noite era habitual darmos uma volta nem que fosse por Belém, ou que "tivéssemos" a jogar à bola até às dez e meia. O JP virou-se para mim e disse que a gente ia dar uma volta e eu fui. Não sabia o que ia acontecer, só quando cheguei à Avenida das Forças Armadas é que notei o que é que ia acontecer.  

Juíza Presidente - Quando chegou à Avenida das Forças Armadas?  

LM - Sim. Apercebi-me do que é que se ia passar.  

Juíza Presidente - Isso antes de entrar no prédio, ou depois de ter entrado no prédio?  

LM - Já dentro do prédio.  

Dr. Ricardo Sá Fernandes - Mas quando o senhor viu que estavam a chegar àquele prédio teve noção do que é que ia acontecer. Porque é que o senhor não disse, não quero ir?... O senhor, treze anos...  

Juíza Presidente - A pergunta é: porque é que disse não quero ir? Não, não disse não quero ir? Pode responder.  

LM - Como, como eu já referi o JP era um bocadinho mais velho do que eu e há sempre aquele receio de a gente levar umas peras, desculpe a expressão.  

Juíza Presidente - Mas alguma vez o Sr. JP lhe disse que se o senhor não fizesse alguma coisa que lhe batia?  

LM - Não. Mas é sempre aquele receio que a gente tem de levar umas peras, desculpe lá a expressão, mas é. 

Dr. Ricardo Sá Fernandes - Mas o senhor, o JPL alguma vez lhe tinha dado umas peras por, pelo facto de o senhor não fazer uma coisa que ele tenha mandado?  

Juíza Presidente - Pode responder.  

LM - Não. Mas é sempre aquele receio, como eu já disse pela terceira vez, é sempre aquele receio que a gente tem de levar uma peras dos mais velhos.

(...)

Dr. Ricardo Sá Fernandes - Portanto, a razão pela qual o senhor aceitou ir teve, exclusivamente, a ver com o facto de não querer desagradar ao JPL? É a pergunta.  

LM - Eu entrei na casa só, como eu referi há bocado, as três vezes "memo", só para não levar porrada, desculpe a expressão.  

Dr. Ricardo Sá Fernandes - Mas se... diz nunca levou porrada do Sr. JPL. O que é que o levava a ter, a imaginar que naquelas circunstâncias ia levar porrada? Se teve algum sinal, alguma coisa?  

Juíza Presidente - Pode esclarecer.  

LM - Não tinha sinais, mas supostamente acho que se não fizesse ia levar.  

Dr. Ricardo Sá Fernandes - Qual era o interesse do Sr. JPL em que o senhor lá fosse a casa do Carlos Cruz?  

Juíza Presidente - O senhor tem conhecimento?  

LM - Não.  

 

Portanto: LM subiu por medo do JPL. E o contacto foi do JPL que assim funcionaria como angariador (o que é crime) dizendo "apenas que iam dar uma volta". O Tribunal deu importância? Não!

E a versão de JPL?

JPL - Mais tarde, fui levado pelo Sr. Carlos Silvino e pelo Francisco Guerra a uma casa em Lisboa. Não sei explicar se era a casa das Forças Armadas, ou não, porque se era a casa das Forças Armadas, eu nunca descobri esse nome. Ahn... fomos levados a essa casa. Eu subi até lá acima, com o LM também, onde o Francisco Guerra desceu com o Sr. Carlos Silvino. Fui, aí ninguém abusou de mim, fui lá por mero acaso, não sei bem porquê. Talvez o Sr. Carlos Silvino possa explicar a este Tribunal o porquê de eu ter ido à casa das Forças Armadas, se é esse o nome, porque eu não sei explicar bem porque é que eu lá fui. Saí daquela casa, entrei outra vez dentro da carrinha da Casa Pia e fui outra vez para a Instituição.

(...)

Advogado da Casa Pia - Muito bem. Ehn... alguma vez... portanto, de todas as vezes que o JP foi à casa das Forças Armadas, foi a mando, ou levado pelo Sr. Carlos Silvino. Houve alguma vez em que ele tenha ido directamente a esta casa, a solicitação do Sr. Carlos Cruz, sem que o, o, o, o Sr. Carlos Silvino de tal soubesse, ou que não estivesse cá? Por exemplo, que estivesse fora?... Se se lembra disto?  

Juíza Presidente - Pode responder, Sr. JP.  

JPL - Srª Drª, em relação à... casa das Forças Armadas, mantenho o que disse ao Tribunal. Sempre fui levado pelo Sr. Carlos Silvino. Nada mais tenho a acrescentar.

Conclusão: JPL foi levado pelo Silvino e pelo F. Guerra. Nunca diz que convidou o LM-

E que diz Silvino?

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Juiz Presidente -À Av. das Forças Armadas?  

Carlos Silvino da Silva -Sim senhor.  

Juiz Presidente -Exacto. Três vezes, à Av. das Forças Armadas(...) Então, a primeira vez ... da primeira vez, de acordo com o que o Senhor disse na sessão anterior, disse que levou os rapazes à Av. das Forças Armadas, que era um domingo, levou porque eles tinham pedido uma boleia?  

Carlos Silvino da Silva -Sim senhor.  

(...)

Juiz Barata - Sr. Carlos Silvino, então, na versão que apresenta ao Tribunal, nunca falou com nenhum dos arguidos por telefone. Eram sempre os rapazes que lhe pediam boleia. Certo?  

Carlos Silvino - Sim senhora. Nem nunca recebi chamadas nenhumas de  

Juiz Barata - nem nunca recebeu chamadas nenhumas.  

Carlos Silvino - Nunca recebi chamadas nenhumas.  

Carlos Silvino diz que só deu boleia. E quanto a contactos contraria a ACUSAÇÃO e a PRONÚNCIA que afirma que foi contactado por mim.


Ao escrever "o arguido Carlos Silvino da Silva, por contacto não concretamente apurado, levou a uma residência sita na Avenida das Forças Armadas", e "o arguido Carlos Silvino, por contacto não concretamente apurado, voltou a levar novamente ao arguido Carlos Pereira Cruz e à morada mencionada" o Acórdão está mais uma vez a alterar a Acusação e a Pronúncia sem me ter comunicado. Outra irregularidade.

(...)


Dr. Sá Fernandes - O Sr. Carlos Silvino diz que os rapazes é que queriam boleias. Mas o Sr. Carlos Silvino já teve aqui oportunidade de ouvir o Sr. JPL, que diz o contrário, que o senhor é que os recrutava, o senhor é que os escolhia para irem aos locais.  

Carlos Silvino - Isso é da parte dele. Isso eu não tenho nada a responder da minha parte.  

Juíza Presidente - Sr. Carlos Silvino disse, e confirmou, nas declarações que prestou anteriormente.  

Carlos Silvino - Eu confirmo aquilo que fiz, mais nada.  

Dr. Sá Fernandes - Portanto, é mentira o que ele diz, quando diz  

Juíza Presidente - Sr. Dr.  

Dr. Sá Fernandes - Srª Drª, a pergunta é esta, Srª Drª: se é mentira aquilo que ele diz, Srª Drª.  

Juíza Presidente - Eu não... Já confirmou. O Tribunal tira a conclusão... (sussurros) O Sr. Dr., não é, tirará também as conclusões. (sussurros)

 

E em que veículo foram?

LM - Eu, o Francisco Guerra e o JPL fomos à Av. Das Forças Armadas  

Juíza Presidente - O que é que foram fazer à Av. Das Forças Armadas, porque é foram, como é que foram?  

LM - Fomos levados pelo senhor Carlos Silvino no carro desse senhor  

Juíza Presidente - O que é que foram fazer a este local?  

LM - Eu pensava que ia dar uma volta normal, com o Francisco e com o JPL já que eram as pessoas mais próximas que eu tinha no Lar  

Juíza Presidente - E afinal que volta é que foi dar?  

LM - Foi a primeira vez que eu vi o senhor Carlos Cruz  

Juíza Presidente - Como é que isso sucedeu?  

LM - No apartamento na Av. Das Forças Armadas  

Juíza Presidente - Descreva então ao Tribunal, da primeira vez que diz ter ido a este local, do que é que se recorda. Com quem é que se lembra de ter ido, porque é que foi, como é que se lembra de ter ido, quem viu e o que é que aconteceu em concreto. Portanto da primeira vez que se lembra de ter ido a este local.  

LM - Fui com o JPL, com o Francisco Guerra e com o senhor Carlos Silvino, num Fiat 127.

(...)

Dr. Ramiro Miguel - Quanto à casa, às idas à casa das Forças Armadas, se todas as vezes que foi às Forças Armadas foi transportado pelo Sr. Carlos Silvino?  

Juíza Presidente - Pode responder.  

LM - Sim.  

Dr. Ramiro Miguel - Todas?  

LM - Sim.  

Dr. Ramiro Miguel - Se recorda quais os carros onde o Sr. Carlos Silvino o levou? Se terá sido sempre no carro da Casa Pia ou em outro?  

Juíza Presidente - Pode responder.  

LM - No Fiat 127 (cento e vinte e sete).  

Dr. Ramiro Miguel - Mas sempre só no 127 (cento e vinte e sete), ou...  

Juíza Presidente - Pode responder.  

LM - Sim.  

---

JPL - Fui levado, então, pelo Sr. Carlos Silvino e pelo Francisco Guerra a essa, à casa que, supostamente, é a casa das Forças Armadas. Chegando a essa casa o Sr. Carlos Silvino saiu da carrinha comigo e com o Francisco e com outro aluno, LM, onde subimos,  

Juíza Presidente - Disse saiu da carrinha. Em que veículo é que foram? Lembra-se em que carro é que foram?  

JPL - Sempre andámos na carrinha Mercedes Vitto, [ de facto um veículo ] Srª Drª Juíza.

Juíza Presidente - A carrinha era sempre a mesma, ou havia mais carrinhas? 

JPL - Era sempre a mesma.  

Juíza Presidente - Sempre, sim.  

JPL - Com uma chapa a dizer Estado.  

--

Juiz Presidente - Qual era a carrinha?

Carlos Silvino da Silva - A Trafic.  [também é um veículo]

Juiz Presidente - A Trafic, sim. Da segunda vez?  

Carlos Silvino da Silva - Foi o meu carro, na terceira vez foi o meu carro 127 [também é um veículo] , que já não o tenho.  



Mas e sobre quantas vezes foram?

JPL - Julgo ter ido lá duas, três vezs, se não me engano. 

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Juíza Presidente - A este local na Av. Das Forças Armadas foi só uma vez?  

LM - Não. Dirigi-me lá já no mês de Fevereiro ou de Março não me recordo bem qual o mês  

Juíza Presidente - E para além desse dia do mês de Fevereiro ou Março mais alguma vez?  

LM - Que me recorde não.  

Juíza Presidente - Quantas vezes é que se recorda de ter ido a este local na Av. Das forças Armadas?  

LM - Duas  

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Dr. Sá Fernandes - Foi só essa vez que se lembra de ter lá ido com o JPL, ou foi mais vezes?  

Juíza Presidente - Pode responder, Sr. Francisco Guerra. Com JPL.  

Francisco Guerra - Com o JPL, recordo-me dessa vez... Não me recordo, ahn.... Srª Drª, não me recordo de ter lá ido com ele, mais alguma vez. Essa foi a única vez. Recordo-me do episódio que ele, houve uma discussão qualquer, ele até deu um pontapé num caixote, cá fora, e  

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Juiz Presidente - À Av. das Forças Armadas?  

Carlos Silvino da Silva - Sim senhor.  

Juiz Presidente - Exacto. Três vezes, à Av. das Forças Armadas.   

Juiz Presidente - Forças ... Forças Armadas, portanto o Sr. Doutor não se importa, quantas vezes é que recebeu envelopes ...  

Advogado - Exactamente, quantas vezes subiu e quantas vezes recebeu envelopes, por onde é que entrou e por onde é que saiu, é só, muito simples.  

Juiz Presidente - É só. Sr. Carlos Silvino, Avenida das Forças Armadas 111, quantas vezes é que o Senhor subiu dentro do prédio, quantas vezes e se conseguir identificar de qual das vezes e que recebeu envelopes, de quem por onde entrou, e por onde saiu dessas vezes que o Senhor lá foi?  

Carlos Silvino da Silva - Eu entrei três vezes no prédio, duas vezes pela parte de trás, a terceira vez ia a entrar pela parte de trás, mas quis entrar pela parte da frente, mas não subi lá em cima, portanto, a primeira vez deixei-os lá, vim-me embora, tive o serviço a fazer com a luta grego romana, para ir para lá para o Seixal, perdão, e depois na segunda vez, entrei com os rapazes, com o Francisco Guerra, com o JPL o LM, da terceira vez entre também e na quarta vez, entrei pelo 111, entrei pela porta de trás, mas saí ... entrei pelo 111, mas não subi lá em cima, quem subiu lá em cima foi o Francisco Guerra, foi ele que recebeu o envelope, eu só recebi duas vezes o envelope ... duas vezes envelopes do Sr. Carlos Cruz.  

Isto percebe-se? Nem a ele próprio se corrobora

Juiz Presidente - Portanto, diz que foi também uma quarta vez é isso?  

Carlos Silvino da Silva - Sim, sim.  

***

Em relação a Carlos Cruz:

Dr. Ricardo Sá Fernandes - Olhe, da primeira vez que o senhor foi lá e quando abriu a porta, reconheceu o Sr. Carlos Cruz?  

Juíza Presidente - Pode responder.  

LM - Sim, por vê-lo na televisão.  

Dr. Ricardo Sá Fernandes - Ficou admirado?  

Juíza Presidente - Que sentimento é que teve?  

LM - Não lhe sei bem explicar, foi... uma pessoa que a gente via na televisão, tipo, de repente, apareceu-me à frente.  

Dr. Ricardo Sá Fernandes - E não comentou isso depois com o Sr. JPL?  

Juíza Presidente - Pode responder.  

LM - Não.  

Dr. Ricardo Sá Fernandes - O Sr. JPL, já disse que não lhe tinha dito que iam ter com o Sr. Carlos Cruz. E não lhe fez nenhuma referência sobre se iam ter com uma pessoa importante, ou famosa? Fez-lhe alguma referência desse género?  

Juíza Presidente - Pode responder.  

LM - Não. Virou-se para mim e disse que a gente íamos dar, os dois, uma volta normal.

 

Mas nas declarações que fez à PJ em 16.01.03  afirma:

 

 

Quanto a JPL,  vai alterando versões: tanto nada se passou como já poderia lá ter acontecido alguma coisa:

Juíza Presidente - Obrigada, Sr. Procurador. Sr. JPL, a primeira vez que prestou declarações em relação às Forças Armadas e pedido de esclarecimento meu, disse que em relação, nesse, nesse local, consigo, nada tinha acontecido. Posteriormente, veio a relatar factos. Não está a ouvir bem?  

JPL - Este ouvido está tapado, Srª Drª.  

Juíza Presidente - Mas está a ouvir com clareza o que eu lhe digo? Vou falar mais alto.  

JPL - Sim. (imperceptível)  

Juíza Presidente - Posteriormente, declarações aqui prestadas, o senhor relatou factos com o Sr. Carlos Pereira Cruz, como tendo-lhe acontecido a si. Porquê esta alteração?  

JPL - Srª Drª, como eu na altura, depois, vim a justificar, por vergonha, não... sei lá. Não sentia bem... pelo qual eu vim a justificar depois o que aconteceu.  

Juíza Presidente - Não. Eu estou a falar aqui no Tribunal. Não, esqueça a Polícia. Não tem nada a ver com a Polícia. Estou a falar em Tribunal.  

JPL - Mas eu... não tá a falar de quando eu, da casa de Elvas? Das Forças Armadas  

Juíza Presidente - Não, não. Da casa das Forças Armadas.  

JPL - Que eu disse que não tinha acontecido nada?  

Juíza Presidente - Sim. Tudo o que o senhor está a referir, foi ao que disse aqui em Tribunal?  

JPL - Exacto. Sim. Eu justifiquei, mais tarde... Porque, não é fácil, estarmos aqui deste lado e explicar tudo o que nos aconteceu. Tocar na, no nosso passado, na infância... Custa-nos um bocado, por isso, há coisas que a gente às vezes, não fala no momento, vimos a falar mais tarde.  

Dr. Sá Fernandes - Srª Drª, eu gostaria que fosse recordado ao senhor assistente que ele nessa mesma sessão, uns minutos antes e uns minutos depois, referiu-se a situações de abuso do Sr. Carlos Cruz no teatro Vasco Santana, em Elvas, ahn, na casa do Jorge Ritto. Porque é que nesta altura, perguntado sobre a Av. das Forças Armadas diz que aí não se passou nada e "fui lá por mero acaso. Nem sei porquê. Talvez o Sr. Carlos Silvino saiba."  

Juíza Presidente - Nessa sessão, referiu por exemplo, factos passados em Elvas, o senhor relatou factos passados em Elvas, em que teria sido, de acordo com as suas palavras, vítima de abusos de natureza sexual. Porque é que em relação aos de Elvas relatou e porque é que em relação ao das Forças Armadas, inicialmente, começou por não relatar?  

JPL - Srª Drª, como eu já disse, ahn... vergonha, não...  

Juíza Presidente - E agora eu pergunto: e porque é que sentiu vergonha em relação a uns e não sentiu vergonha em relação a outros.  

JPL - Srª Drª, é assim, não é fácil, tar aqui e tar a falar de tudo o que nos aconteceu. Há coisas que a gente vai deixando para trás e, posso ter dito, nessa altura, que não tinha acontecido nada. Sei lá. 

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Carlos Silvino da Silva -  Na segunda vez, que fui à casa dos ... do coiso ... das Forças Armadas, eu fui com os miúdos lá em cima, e numa hall de entrada os miúdos bateram à porta, sabiam onde é que era, portanto, a porta, que era o segundo direito, os miúdos bateram à porta  e veio o Sr. Carlos Cruz e cumprimentou-me e entregou-me um envelope também no qual não fiquei com nenhum dinheiro e o envelope foi para os miúdos, tenho Testemunhas, o Francisco Guerra ...  

Supostamentamente o apartamento não era este mas sim o 2ºfrente.

No vídeo (v. Secção 1ª Página do site), diz que ele é que bateu à porta porque JPL estava com vergonha

 

Juiz Presidente -E portanto, para além dessa segunda vez que o Senhor refere na Avenida das Forças Armadas, voltou a encontrar este Senhor ou não?  

Carlos Silvino Silva -Voltei sim... foi a primeira vez que eu o vi, portanto cara a cara, o Sr. Carlos Cruz, portanto, quando me entregou o envelope. E voltei mais uma vez lá, mas só que não subi, fiquei dentro do carro com o Francisco Guerra enquanto eles foram lá para cima para as filmagens e sexo à mistura como eles diziam

 

Carlos Silvino afirma que foi nesta casa que me viu pela primeira vez cara a cara... depois de ter dito que me conhecia há mais de vinte anos, quando me teria sido apresentado nos pastéis de Belém juntamente com Vítor de Sousa:

 

Portanto nesta versão Carlos Silvino diz que foi lá apenas 3 vezes e não quatro como já havia referido.

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E agora Francisco Guerra:

Dr. Sá Fernandes - Alguma das vezes que foi a casa da Av. das Forças Armadas, ter com o Sr. Carlos Cruz, se recusou a ter relações com ele e se veio embora, tendo-lhe dito, ao Sr. Carlos Cruz, que não queria ter relações com ele?

Juíza Presidente - Pode responder.  

Francisco Guerra - Não, Srª Drª, não me lembro de... não!  

Dr. Sá Fernandes - Não aconteceu?... Estou a perguntar se acon, não aconteceu?  

Juíza Presidente - Não aconteceu isso?  

Francisco Guerra - Não.  


Mas na PJ dá a seguinte informação:


 

Repare que para além de se desmentir, Francisco Guerra afirma na versão que dá à PJ que a Casa identificada como a Casa da Av. Das Forças Armadas era a minha casa.

 

O que disse ele e os outros em Tribunal sobre o nome da dita casa:


Juíza Presidente - Para si, então, na altura que diz ter ido a essa casa, como é que lhe chamou, ou como é que identificou? Que referência é que fazia para si dessa casa?

Francisco Guerra - Era uma casa que estava ao pé do Hospital de Santa Maria. Por acaso é uma casa que se vê bem, são... são 3 prédios, se não estou em erro. Era isso que eu sabia. Que era uma casa que ficava próximo do Hospital de Santa Maria. Não sabia, sinceramente, que era Av. das Forças Armadas.  

(...)

Juíza Presidente - Disse "casa das Forças Armadas" da "Av. das Forças Armadas". Quando é que soube essa morada? Ou...  

Francisco Guerra - Na Av. das Forças Armadas, sou... como é que eu lhe hei-de explicar?  

Juíza Presidente - Quando é que identificou esse local? Se calhar eu perguntei também de forma pouco clara. Quando é que identificou esse local? Essa casa que o senhor diz que foi, como Av. das Forças Armadas?  

Francisco Guerra - Só em fase de investigação.

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JPL - Mais tarde, fui levado pelo Sr. Carlos Silvino e pelo Francisco Guerra a uma casa em Lisboa. Não sei explicar se era a casa das Forças Armadas, ou não, porque se era a casa das Forças Armadas, eu nunca descobri esse nome. Ahn... fomos levados a essa casa. Eu subi até lá acima, com o LM também, onde o Francisco Guerra desceu com o Sr. Carlos Silvino. Fui, aí ninguém abusou de mim, fui lá por mero acaso, não sei bem porquê. Talvez o Sr. Carlos Silvino possa explicar a este Tribunal o porquê de eu ter ido à casa das Forças Armadas, se é esse o nome, porque eu não sei explicar bem porque é que eu lá fui. Saí daquela casa, entrei outra vez dentro da carrinha da Casa Pia e fui outra vez para a Instituição

 

Mas mais tarde vem dizer que:

Juíza Presidente - Já agora, só um esclarecimento. Francisco Guerra, disse Francisco Guerra é que chamava casa das Forças Armadas?  

JPL- foi sim, Srª Drª Juíza.  

Juíza Presidente - E quando é que o ouviu chamar essa casa, por casa das Forças Armadas? Ou identificar?  

JPL - Numa deslocação que a gente fazia na carrinha, sempre com o Sr. Dr. Carlos Silvino.  

 

Como? Francisco Guerra disse que só soube o nome durante a investigação!

E JPL desmente Francisco Guerra. Mais uma vez.

Juíza Presidente - Foi se... a pergunta que lhe vou fazer, o pedido de esclarecimento, se calhar, é repetido, já lho fiz, mas vou pedir o favor de responder de novo. Porque é que me disse: casa das Forças Armadas?  

JPL - Srª Drª, porque era o nome que a gente conhecia quando lá íamos com o Sr. Carlos Silvino e com o, sempre acompanhado também pelo Francisco Guerra. Eles diziam "a casa das Forças Armadas", não diziam outro nome.  

Juíza Presidente - Portanto, é um sítio que diz já conhecia antes do início deste processo. Antes de ter começado a investigação, esse nome já o conhecia. É isso?  

JPL - Exactamente, Srª Prov... Srª Drª Juíza. Tanto que na Judiciária sempre disse "a casa das Forças Armadas", não conhecia por outro nome.  

 

Sobre quem terá entrado nesta casa também existem várias versões:

LM - Entramos os quatro. [Silvino diz que nunca entrou] O senhor Carlos Silvino e o Francisco ficaram a falar com o Sr. Carlos Cruz e eu e o JP dirigimo-nos a um quarto  

Juíza Presidente - Alguém bateu a alguma porta, alguém tocou? O que é que aconteceu?  

LM -O senhor Carlos Silvino tocou à porta e quem abriu foi o Sr. Carlos Cruz  

Aqui Silvino tocou. No vídeo da visita com o Tribunal diz que só foi até à porta, "porque JPL estava com vergonha" (v. Secção 1ª Página do site)

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Juíza Presidente - Das vezes em que foi com o senhor Carlos Silvino, para além do senhor Carlos Silvino, foi mais alguém consigo alguma vez?  

Francisco Guerra - Foi sim.  

Juíza Presidente - Quem?  

Francisco Guerra - Não... recordo-me do JP e de outros colegas que eu não sei o nome, não... a Casa Pia é muito grande, tem muitos alunos...  

Juíza Presidente - Portanto, recorda-se de ter ido com?  

Francisco Guerra - O JP.  

Juíza Presidente - JP... quê? 

Francisco Guerra - JPL.  

Juíza Presidente - Sim. E com mais alguém?  

Francisco Guerra - Não me consigo lembrar de nomes.  

Juíza Presidente - Dessa vez em que se recorda de ter ido com o JP, com o seu colega JPL, lembra-se de ter ido mais alguém consigo ou foram só os dois?

Francisco Guerra - Srª Drª, dessa vez ia mais alguns alunos, não me recordo de que Colégio. Penso que eram mais dois, não tenho bem a certeza. Acontece é que... ahn... o JP e os restantes, subiram e eu e o Silvino ficámos caem baixo.

Juíza Presidente - E porquê? Porque é que o senhor ficou cá em baixo?  

Francisco Guerra - Diga?  

Juíza Presidente - Porque é que o senhor ficou cá em baixo nesse dia?  

Francisco Guerra - porque a partir de certa altura... passei a... estar ao lado do Silvino a... passei a fazer aquilo que ele me pedia. Deixei um pouco de ser abusado para fazer aquilo que ele me pedia.

Francisco Guerra era "apenas" um dos melhores amigos de LM, supostamente ia sempre com ele mas, curiosamente ... só se recorda de JPL que, por seu lado iria sempre com LM. Onde é que ressoa a verdade?

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JPL - Nessa i, na ida à casa das Forças Armadas, sempre fui eu, o LM, o Sr. Francisco Guerra e acompanhado sempre pelo Sr. Carlos Silvino, onde subíamos os quatro, batendo nessa porta, éramos recebidos pelo Sr. Carlos Cruz, pelo qual ele fornecia o envelope de cor amarela, um envelope normal, não sabendo o que é que continha lá dentro, onde fornecia esse envelope ao Sr. Carlos Silvino, visto que este, automaticamente, descia com o Francisco Guerra, ficando lá eu e o LM.

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Juiz Presidente -Quem eram os rapazes?

Carlos Silvino da Silva -Francisco Guerra.  

Juiz Presidente -Sim.  

Carlos Silvino da Silva -JPL, LM e o outro ... o nome do outro rapaz não me lembro agora.  (esse outro nunca apareceu?)

Juiz Presidente -Deixou-os lá onde Sr. Silvino, Sr. Carlos Silvino da Silva?  

Carlos Silvino da Silva -Deixei-os mesmo, portanto na Avenida das Forças Armadas, junto quase ao ... junto ao prédio do 111. Assim num local indicado, que eu indiquei à Polícia Judiciária.  


Existem ainda muitas outras contradições: nesta entre Francisco Guerra e JPL nota-se que combinaram a história dos caixotes de forma a levar alguma credibilidade para o Julgamento. Mas, aparentemente, esqueceram-se de combinar qual a entrada, a da frente ou a das traseiras?

Francisco Guerra - Sim. Dessa vez que fui com o JPL.  

Juíza Presidente - Sim.  

Francisco Guerra - Na entrada da casa, um pontapé que ele deu num dos caixotes que lá estava.  

Juíza Presidente - Em que entrada da casa?  

Francisco Guerra - Na porta das traseiras.


A versão de JPL do local do caixote:

JPL - Srª Drª, havia uma ca, uma porta principal e havia uma porta das traseiras onde também chegávamos várias vezes, por vezes, a entrar por aí, e outras vezes [quais vezes? Só Silvino fala em mais de duas, leia parágrafo a seguir] entrávamos pela frente. Só que no dia em que eu fui, entrei pela frente. Entretanto, quando nós estávamos a deslocar à entrada desse prédio, do lado superior direito encontrava-se um caixote do lixo onde eu, como miúdo, dei um chuto nesse caixote entornando o lixo todo pelo chão [isso é que era força!]. De seguida subimos as escadas, não me recordo se haviam elevadores ou não porque eu, sempre que fui, subi sempre umas escadas.  

***

Outro episódio é o narrado por Carlos Silvino em relação aos elevadores:

(v. vídeo Secção 1ª Página do site sobre os elevadores)

 

Mas em Tribunal Francisco Guerra afirma:

Dr. Sá Fernandes - O Sr. Francisco Guerra... alguma vez andou nos elevadores desse prédio?  

Juíza Presidente - Pode responder.  

Francisco Guerra - Não Srª Drª. Que me lembre, nunca andei.  

Juíza Presidente - E sabe se o prédio tem elevadores? Ou se tinha elevadores?  

Francisco Guerra - Srª Drª, na altura não... não dei importância se tinha, se não tinha, não... Tanto que quando me perguntaram, não soube responder. Sempre subi pelas escadas.  

Dr. Sá Fernandes - Portanto, quando foi lá com o Sr. Carlos Silvino, subiram e desceram pelas escadas?  

Juíza Presidente - Pode responder.  

Francisco Guerra - Sim, Srª Drª Juíza. Quando lá fui com o arguido Carlos Silvino, subimos e descemos pelas escadas.

 

No vídeo Silvino diz que desciam pelo elevador e que o F. Guerra lhe disse que havia um monta-cargas. (v. Secção 1ª Página do site)

Em jeito de resumo deixo este quadro com a esperança que alguém me explique como é que o colectivo de Juízes pode condenar quem quer que seja com todas estas versões dos factos sem qualquer tipo de apoio ou corroboração.

E convém ainda sublinhar que o material aqui publicado não esgota o tema Av. das Forças Armadas. Há muito mais para dizer o que acontecerá oportunamente.  

  

  

Versões

  

JPL

  

  

Francisco Guerra

  

LM

  

Carlos Silvino

  

  

Dia da Semana

 

Não refere

 

Dia de semana e

Fim de semana

 

Num dia de semana

Ao Sábado e Domingo

Altura do dia

 

Não refere

 

Ao fim da tarde

 

Depois de jantar

 

De manhã

Meio de transporte

 

Carrinha Vitto

 

Renault Traffic

 

Sempre no Fiat 127

2 vezes a Vitto, uma a Traffic e outra o Fiat 127

Andar/Porta reconhecida

 

Não refere

 

Segundo andar porta escura

 

Terceiro andar

Segundo andar/porta clara

Descrição do local

 

Não deparei com... mobílias. Não tinha nada. Simplesmente o chão. Nem uma cadeira

Tinha holofotes e algum material, não sei o nome. Possivelmente são holofotes

Quarto com uma cama e um guarda-fatos e sofás na sala

Não entrou mas ouviu do hall:"Máquinas e pessoas, barulho de máquinas com rolos a rolar e pessoas

Nome da Avenida das Forças Armadas

 

Primeiro afirma desconhecer o nome da referida casa para seguidamente dizer que ouvia Francisco e Carlos Silvino dizer

 

Primeiro diz que não sabia o nome da casa para depois dizer que soube o nome durante a investigação

 

Não refere

 

Não refere

Carlos Cruz

 

Primeiro diz que nada se passou comigo para depois dizer que afinal havia sido abusado. Não referiu antes por vergonha!

 

Primeiro diz que eu lhe ligava e que chegou a lá ir ter comigo para depois negar tal versão

 

Foi convidado para ir a casa e que foi porque queria conhecer uma pessoa da TV. Posteriormente afirma que quando lá chegou ficou surpreendido por ver o Carlos Cruz

 

Depois de afirmar que me conhecia à mais de 20 anos diz que foi aqui a primeira vez que me viu

cara a cara

  

Os elevadores

 

Não refere

 

Não deu por eles. Subia e descia sempre pelas escadas.

 

Não refere

 

Segundo Carlos Silvino subiu pelas escadas e descia com Francisco Guerra no elevador.

  

Pontapé no caixote do lixo

 

 

Na Porta da frente

 

Na porta das traseiras

 

Não refere

 

Não refere

  

Como combinavam as idas?

 

Carlos Silvino e Francisco Guerra mas não sabe o que foi lá fazer.

 

Carlos Silvino combinava mas só no próprio dia. Em inquérito diz que eu lhe liguei directamente.

 

JPL disse para irmos dar uma volta. Entrou na casa para não levar porrada de JPL

 

Porque os miúdos pediram boleia

  

Quantas vezes?

 

Julgo ter ido lá duas, três vezes, se não me engano.  

 

 

Com JPL uma só vez

 

Duas

 

Três e depois quatro

  

Com quem iam? Entravam?

 

Com LM, Francisco Guerra e Carlos Silvino. Só ele e LM é que entravam.

 

Com JPL e mais dois de que não sabe o nome. Ele e Carlos Silvino não entravam.

 

Com Francisco Guerra, Carlos Silvino e JPL. Entravam os 4.

 

Com Francisco Guerra, JPL , LM e outro que não se recorda o nome. Nunca entrou.